Cíinica

Setor de Fonoaudiologia

                A Fonoaudiologia é a ciência que estuda, previne e trata os distúrbios da comunicação.

                Na APAE de Três Pontas, este serviço é coordenado pelas fonoaudiólogas Maria Luiza Reis Brito e Camila Mendonça de Oliveira, através dos seguintes procedimentos:

1.                Avaliações e entrevistas com os pais: O objetivo é a coleta de dados que permitem a análise do caso, para a elaboração de plano de realização de condutas necessárias ao atendimento, que inclui encaminhamentos aos demais profissionais dentro e/ ou fora da Instituição.

2.                Intervenção precoce: São realizados atendimentos em crianças de 0 a 7 anos de idade, visando apoio ao desenvolvimento em áreas como motricidade, senso- percepção, cognição e linguagem (que inclui aumento da habilidade da movimentação de órgãos fonoarticulatórios, aumento do vocabulário, aquisição total do sistema fonêmico e apoio ao desenvolvimento das demais estruturas graças ás quais a linguagem funciona). Nestes atendimentos, os respectivos pais e professores das crianças freqüentemente são convidados e orientados a participarem do processo.

3.                Fonoterapia : São realizados atendimentos em pacientes a partir de 08 anos de idade, objetivando a superação dos distúrbios da comunicação oral e/ ou escrita. O trabalho inclui o aumento da habilidade da movimentação de órgãos fonoarticulatórios, adequação da postura destes, treino da percepção auditiva, aquisição e automatização de fonemas e apoio ao desenvolvimento das demais estruturas da linguagem oral e/ou escrita. Nestes atendimentos, os respectivos pais e professores dos pacientes são convidados e freqüentemente orientados para participarem do processo.

4.                Reuniões clínicas : A equipe transdisciplinar as realiza, objetivando o estudo de casos para levantamento de hipótese diagnóstica, encaminhamentos necessários á profissionais dentro e/ ou fora da instituição, norteamento do trabalho de cada membro que a compõe e reavaliação de procedimentos.

5.                Orientações periódicas a professores : Estes profissionais contam com a participação do setor de fonoaudiologia na elaboração e execução de planejamentos a partir de estudo sobre as características de seus respectivos alunos e sobre etapas do desenvolvimento motor, perceptual, cognitivo, lingüístico e afetivo social do ser humano.

6.                Reuniões Pedagógicas : As supervisoras da corrente de alfabetização, da corrente TEACCH e a fonoaudióloga realizam encontros freqüentes, visando maior participação e colaboração do setor de fonoaudiologia no planejamento, execução e reavaliação de condutas julgadas necessárias em salas de aula. Estas reuniões são importantes, uma vez que o tempo de permanência da fonoaudióloga na instituição nem sempre favorece o apoio integral aos professores.

7.            Encontro com profissionais de demais instituições da região: Esses profissionais visitam a APAE de Três Pontas, para apresentação da proposta de trabalho desta. Nestas reuniões, é observado o interesse geral pela adaptação do programa TEACCH em sala de aula dos alunos portadores do autismo, de deficiência mental grave e de paralisia cerebral.

8.            Reunião de pais: Tais procedimentos visam o apoio e a participação destes no processo de desenvolvimento dos alunos da Instituição.

9. Apoio à realização de cursos na instituição: No ano de 1998 o setor de fonoaudiologia sugeriu e tornou possível a realização do curso de libras (língua Brasileira de Sinais), ministrado por profissional da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos. O curso teve a duração de trinta e duas horas em 1998 e teve continuidade no ano de 1999, em mais dezesseis horas (carga horária total:48 horas). Dezessete profissionais de APAEs que fazem parte da Delegacia da Região Sul II, que atuam diretamente com pessoas surdas, além de pais e alunos com esta característica, participaram do evento sediado pela APAE de Três Pontas. O presidente desta Federação (FENEIS), em vista a Instituição, parabenizou o trabalho de educação dos alunos surdos nela realizado. A partir desta iniciativa, outras duas APAEs (Machado e Leopoldina) contactuaram com a FENEIS para o mesmo evento em suas respectivas regiões. Em 1999 foi sugerido pelo setor de fonoaudiologia a realização de curso sobre pedagogia montessoriana, com indicação da associação dos Amigos do Autista (AMA), que contou com a  participação de profissionais da educação especial e regular. Recentemente a fonoaudióloga responsável pelo setor, participou como ministrante do curso sobre o procedimento TEACCH, inaugurando uma série de quatro cursos a serem promovidos pela APAE de Três Pontas. Este primeiro curso teve a participação de profissionais de outras APAEs da região, profissionais de ensino regular e pais de alunos.

10. Projeto legal :  A fonoaudióloga idealizou procedimento que faz uso de reforçadores positivos para a aprendizagem de comportamentos adaptativos, baseando-se em projeto do SOS- criança do governo estadual de São Paulo. Na APAE de Três Pontas tal proposta vem acontecendo presente desde 1997, e serviu de referência para implantação de projetos semelhantes no CAIC e na E.E. “João de Abreu Salgado”.

11.  Implementação do programa de educação complementar : Com o objetivo de avançar na caracterização da APAE de Três Pontas, como um centro integracionista de atenção às pessoas portadoras de necessidades especiais. Com base nos procedimentos da APAE de Lavras, a fonoaudióloga e uma professora da APAE vem realizando intervenção em escola regular em três momentos: .Com alunos (apresentando dificuldade de aprendizagem semanal, em grupos de 10 destes por hora, totalizando 60 crianças atendidas ao dia). . Com professores envolvidos em alfabetização. .Com pais dos respectivos alunos. Atualmente o trabalho vem sendo realizado em 02 escolas da rede estadual: E.E. Cônego José Maria ( a partir de abril 99) e E.E. João de Abreu Salgado (a partir de setembro /99).

Fisioterapia

                                   Na APAE de Três Pontas, este serviço é coordenado pelas fisioterapeutas Élida Lasmar do Norte e Alessandra Mendonça Monteiro.  

    A fisioterapia de acordo com a confederação mundial de terapias físicas é o tratamento de pacientes por diferentes meios físicos, com o objetivo de restaurar ao máximo a sua capacidade funcional e independência, para o trabalho no lar e na sociedade, conjuntamente com outros profissionais de saúde. Ela inclui avaliações das condições iniciais de pacientes e prognósticos como parte essencial de um programa terapêutico, que alcança o nível de auxílio para subsistência e reemprego. Ele requer habilidades para reconhecer e impedir riscos ocupacionais e industriais. Por  meios físicos, entende-se exercícios ativos, mobilização passiva de estruturas articulares por meios manuais e mecânicos, estimulação elétrica de tecidos neuro – muscular, hidroterapia, reeducação da função cardio-respiratória e várias formas de aplicação de frio e calor.  A fisioterapia de acordo com sua definição etnológica é a ciência que utiliza o agente físico como forma de tratamento.  Os agentes físicos utilizados em fisioterapia como forma de tratamento são:

  Água – hidroterapia

Luz – fototerapia

Calor – termoterapia

  Eletricidade – eletroterapia

Ação de gravidade – cinesioterapia

Animais eqüino -  equoterapia

Objetivos:  O principal objetivo do serviço de fisioterapia da APAE é promover o paciente (reabilitando) com recursos e técnicas fisioterápicas, no sentido de aliviar a dor e minimizar seqüelas, oferecendo subsídios para reintegração do indivíduo, a partir de seu nascimento. Finalidades:

1.        Alívio da dor

2.        Prevenção e correção de incapacidades

3.        Recuperação máxima e manutenção da força muscular

4.        Recuperação máxima e manutenção da amplitude articular.

5.        Recuperação da mobilidade e coordenação motora.

6.        Melhora e manutenção da capacidade funcional.

7.        Melhora e manutenção do trofismo e condições circulatórias.

8.        Programação e execução do tratamento baseado nas condições reais e necessárias, objetivando: recuperar, desenvolver, capacitar e conservar. Os casos que sugerem tratamento de fisioterapia vem sendo indicado pelo profissional em questão, que conta com apoio de equipe multidiciplinar da APAE e demais especialistas afins, de área de ortopedia, neurologia, cardiologia, pneumologia e geriatria.

                         Atualmente o setor de fisioterapia desta instituição é composto pelos seguintes serviços:

       Bobath – método responsável pela movimentação global e da postura do indivíduo, procurando obter equilíbrio e coordenação em diferentes posturas: sentado, deitado, em pé.

       Reorganização Neurológica – exercícios feitos para estimular o cérebro lesado, tal como seria sua função se não tivesse sido lesado. Todos os exercícios tem uma seqüência e são acompanhados por música, versos (para aumentar o vocabulário e exercitar o pensamento), tal método abrange seguinte seqüência de exercícios: motor de pernas, borboleta, borboleta cruzada, padronização homolateral, padronização cruzada, exercícios com a mãos, rolar, rastejar homolateral, rastejar livre, cambalhota, engatinhar, macaco, ficar de cócoras e levantar, marcha.

       Aplicação de exercícios físicos aos alunos em salas de aula pertencentes ao setor pedagógico da APAE.

       Equoterapia – tratamento de reeducação e reabilitação motora e mental, através da prática de atividades eqüestres e técnicas de equitação (cirillo, 1991:1). Vem ocorrendo tanto no plano educativo, pedagógico, quanto no plano físico, psíquico (em terapia propriamente dita).

       Hidroterapia – conforme citado anteriormente cujo o agente físico é a água, utiliza-se água de piscina aquecida para que sejam atingidos os efeitos fisiológicos e terapêuticos dos exercícios. Quanto aos efeitos fisiológicos os exercícios fornecem aumento do suprimento sangüíneo aos músculos em funcionamento e podendo favorecer o aumento de competência deste. Em relação aos efeitos terapêuticos do exercícios possibilitam o alívio de dor e do espasmo muscular, relaxando, manutenção ou aumento da amplitude de movimentação das articulações, reeducação dos músculos paralisados, fortalecimentos dos músculos, melhora funcional da marcha, aumento da circulação e assim, da condição da pele, reforçamento da moral do paciente pelas atividades recreacionais, proporcionando ao paciente confiança para alcançar máxima independência funcional.

Setor  Odontológico

       Na APAE de Três Pontas, este serviço é coordenado pela dentista Liliane Reis Diniz.                            

    No setor de odontologia são feitos atendimentos preventivos e curativos. Grande atenção ao trabalho preventivo, escovação diária supervisionada pelos professores e uma vez na semana pelo dentista ou auxiliar. São feitos semanalmente os bochechos fluorados  e 2 vezes ao ano, aplicações flúor gel.  A prevenção é de grande importância, pois evitamos que a doença cárie se instale, principalmente pacientes especiais mais difíceis para serem atendidos pelos procedimentos convencionais.  Os atendimentos curativos são feitos de acordo com o que dispomos e de acordo com a aceitação dos pacientes.   Pacientes mais comprometidos  encaminhamos para tratamento com anestesia geral.

Setor de Psicologia 

                                O serviço de Psicologia da APAE de Três Pontas é dividido, sob coordenação dos psicólogos: Vanessa Velloso Mesquita, Rosimeiry de Carvalho Mendonça  e Erich Sandro de Oliveira,  em 03 setores, o clínico,  o  escolar (incluindo o ensino itinerante) e o de profissionalização, são realizados os seguintes serviços:

       Quanto ao setor clínico.

-          Reuniões mensais com funcionários, para que assim possamos ter uma maior interação.

-          Reuniões mensais com os responsáveis pelas crianças que fazem tratamento na clínica, para que possamos nos aproximar e conhecer melhor as crianças que atendemos e seus familiares.

-          Reuniões chamadas clube de mães, onde a liderança da mesma fica por conta da psicóloga, assistente social e uma professora de bordado, crochê e tricô, que por sua vez faz este trabalho voluntário de ensinar as mães de crianças que estudam ou  que fazem tratamento clínico na APAE. Nestas condições é ( uma vez por semana no turno da manhã ), as mães aprendem um ofício, e trocam experiência sobre as dificuldades que enfrentam com a deficiência da sua criança.

-          Uma vez por semana são feitas avaliações em que a criança a partir de 0 anos, junto com o seu responsável, passa por psicóloga, fonoaudióloga, fisioterapeuta, dentista, enfermeira, assistente social. Quando a criança é encaminhada para escola desta instituição, por apresentar necessidades educacionais, então é avaliada também por uma pedagoga, se necessário são aplicados testes psicotécnicos. Depois todos os técnicos se reúnem para fecharem a hipótese diagnostica e quais as necessidades da criança que foram encaminhadas para a APAE.

-          Sempre que necessários são dados orientações aos pais, que sentem necessidades de um esclarecimento sobre seus filhos, sobre os tratamentos realizados, a conduta destes, e a postura dos pais que muitas vezes sentem dificuldades de lidar com certas diferenças dessas crianças e adolescentes.

-          É feito também pela psicóloga de acordo com as necessidades de alguns alunos durante as mais variadas etapas de sua vida, aconselhamentos, psicoterapia, para que possam lidar melhor com sua deficiência e suas dificuldades emocionais afetivas, familiares e sociais no setor escolar.

       Quanto ao setor escolar.

-          A psicóloga participa de reuniões em que professoras e orientadora escolar fazem sempre que necessário com pais, dividindo reuniões por salas. São colocadas para cada familiar o rendimento, os problemas, o comportamento e a aprendizagem de seu filho na escola, com o objetivo da aproximação dos pais com os funcionários que atendem seus filhos e com a instituição.

-          A psicóloga sempre que solicitada pelas professoras entra em contato com estas para que exponham suas maiores dificuldades em sala, quanto ao comportamento, dificuldades emocionais, afetivas, familiares e sociais de seus alunos. Aqui também as professoras indicam o aluno e o problema que está apresentando para serem atendido individualmente pela a psicóloga, seja em aconselhamento ou psicoterapia. Estas crianças com problemas emocionais são atendidas um vez por semana e quando é detectado algum problema familiar, o membro responsável é chamado à instituição para maiores esclarecimentos e para que nos ajude a solucionar este problema.

O setor espera dar continuidade ao trabalho, que é sempre feito com o apoio dos pais e demais funcionários ligados com os alunos, na  esperança de estar fazendo o melhor para todos, que estão ligados, de alguma maneira a esta instituição.  

Profissionalização - ver página de Profissionalização

Setor de Enfermagem 

                         O setor de enfermagem trabalha com o controle de medicamentos psicotrópicos que algumas  crianças fazem uso sob orientação médica, e com curativos. Com o auto custo dos medicamentos e a carência das famílias, procuramos usar a fitoterapia para xaropes, pomadas e calmantes, o que tem obtido ótimos resultados.  Contamos com o apoio de voluntários, de alguns médicos, que atendem as crianças em seus consultórios e também contamos com a colaboração do Setor Social da prefeitura, no sentido de transportar as crianças nos casos de encaminhamentos. Encaminhamos algumas crianças para tratamentos especializados em hospitais de outras cidades, como por exemplo o Hospital Sarah de Belo Horizonte, especializado no tratamento do aparelho locomotor e encaminhamos também pedidos a Policlínica de Varginha para a aquisição de cadeira de rodas, carrinhos especiais e aparelhos auditivos.  Sempre que necessário são dadas orientações aos pais através de visitas domiciliares e reuniões afim de esclarecer qualquer duvida a respeito de medicamentos, agendamento de consultas e outros.

Estimulação Precoce

                         “A finalidade de estimular precocemente é aprofundar as raízes da personalidade oferecendo condições para um desenvolvimento pleno do potencial inato”.

                         Concebemos estimulação precoce como os estímulos adequados, necessários ao desenvolvimento, que garantem um amadurecimento psiconeurológico inicial profundo e harmonioso em todas as áreas.  Ou seja, proporcionar a “quantidade certa” de estímulos adequados em todas as categorias necessárias a formação das estruturas de base da personalidade durante o período crítico e  sensível de amadurecimento. Este período é quando os estímulos do meio deixam marcas irreversíveis e duradouras. Essa é a característica essencial que diferencia a estimulação precoce de outras atividades.  Quando falamos em precoce em tenra idade, referimo-nos aos estímulos recebidos durante esse período. Tal período é o momento onde novas totalidades substituem as anteriores. O nosso trabalho de estimulação precoce, aqui na APAE, é dirigido ao público de 0 a 6 anos, atendendo diversas necessidades especiais como os portadores de síndromes de Down, Paralisia Cerebral, Autismo, Deficiência Auditiva, entre outros. Temos apoio técnico de uma equipe multidisciplinar formada por fonoaudióloga, fisioterapeuta, psicóloga... E contamos  sempre com a participação dos pais em atividades realizadas em casa. Atualmente, os resultados obtidos  têm sido satisfatórios, alcançando uma média considerável, proporcionando às crianças, alta do setor.